29 de junho de 2011

Plásticos nos oceanos ameaçam tartarugas e humanos


Há poucos dias o Jornal Nacional (TVGlobo) veiculou uma matéria sobre a tentativa de salvar a vida de tartarugas marinhas ameaçadas de extinção por médicos e veterinários do Rio Grande do Sul. Estas tartarugas foram resgatadas do mar e precisam ser tratadas para expelir o plástico que estava em seu estômago. Esses detritos plásticos provocam gases e impedem que estes animais mergulhem para buscar comida. O resultado, muitas vezes, é a morte dos animais.

Se pararmos para refletir sobre o que acontece hoje em nossos mares, veremos que há muito mais em jogo do que a vida dos animais marinhos – a deterioração da sua qualidade e da sua biodiversidade é uma séria ameaça à nossa própria vida. O papel dos oceanos é fundamental para a saúde e equilíbrio do planeta. Não apenas porque constituem fonte de alimento para os seres humanos. Os oceanos também exercem papel fundamental para a regulação do clima e do ciclo hidrológico global. Uma ameaça aos oceanos é, portanto, uma ameaça à nossa própria espécie.

Um estudo publicado em junho pela International Programme on State of the Ocean (IPSO), organização internacional que se dedica ao estudo da saúde dos oceanos, indica que estamos prestes a enfrentar uma extinção em massa de espécies marinhas sem precedentes na história humana. As ameaças são muitas: acidificação, aumento das “zonas mortas” e crescente acúmulo de poluentes que é agravado pelo acúmulo de lixo plástico E aí entram as tartarugas .Além de dependermos dos serviços prestados pelos oceanos fazemos parte da ponta da cadeia alimentar. Se detritos plásticos, metais pesados e outros poluentes se acumulam nos animais marinhos, irão se acumular no homem também.

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